Organizações não-governamentais afirmaram nesta quinta-feira (24) em carta aberta que o software Skype,
de propriedade da Microsoft, grava e armazena em seus bancos de dados
conversas de seus usuários. A carta, escrita pelas ONGs Repórteres Sem
Fronteiras e Greatfire.org, afirma que a direção do serviço não informa
os motivos pelos quais intercepta e salva as conversas dos usuários.
"O Skype é uma plataforma de comunicação por voz, chat
e vídeo com mais de 600 milhões de usuários ao redor do mundo,
tornando-a efetivamente a maior companhia de comunicação do mundo.
Muitos de seus usuários confiam no Skype
para terem conversas seguras - muitos são ativistas que operam em
países governados por regimes autoritários, jornalistas com fontes
sensíveis, ou usuários que desejam conversar em particular com colegas
de trabalho, familiares e amigos", afirma um trecho do documento publicado pelas ONGs.
A carta tem como principal objetivo alertar os usuários sobre os possíveis usos para espionagem de serviços como o Skype
e entender os motivos pelos quais é realizado o armazenamento dessas
conversas. E os órgãos também pretendem questionar a Microsoft sobre a
sua possível relação com a versão chinesa do software, o TOM-Skype.
Os
ativistas, que citaram no documento o TOM-Skype, questionam a empresa
responsável pelo serviço se o governo chinês tem acesso às conversas
gravadas e aos dados dos usuários. Além disso, o texto ainda afirma que a
versão chinesa do software possa ser equipada com um recurso que seria
capaz de filtrar palavras que o governo asiático considera inadequadas.
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